Saúde

Com 105 casos confirmados da Covid-19, Guia Lopes tem primeiro paciente em UTI

O prefeito de Guia Lopes da Laguna, Jair Scapini, informou nesta segunda-feira (18) que o total de casos confirmados no município é de 105, até esta manhã. Além dos confirmados, 41 casos são considerados suspeitos. Somente no domingo (17), 16 coletas de material biológico para exames foram realizados.

 

O prefeito informou, ainda, que o primeiro paciente em caso grave – uma pessoa com mais de 60 anos e com comorbidades – está internada numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de Campo Grande – não foi detalhado se na rede pública ou particular. A cidade, porém, deve receber 5 leitos de UTI, conforme divulgado pelo titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, na última semana.

 

O secretário de Saúde do município informou, durante a transmissão ao vivo, que os casos estão conectados com o surto num frigorífico da cidade.

 

No último domingo (17), Guia Lopes entrou na lista das dez cidades brasileiras com maior incidência da Covid-19, que considera a conversão do número de casos para cada 100 mil habitantes. Assim, a taxa de incidência com base nos números do domingo era de 990,4 casos a cada 100 mil habitantes.

 

Do frigorífico para todo o sudoeste de MS

Os relatos de violação da quarentena são frequentes. Desde o caso zero, de um caminhoneiro que esteve em São Paulo e trabalhava em um frigorífico da cidade, os casos agora crescem em decorrência de violações que vão desde pacientes que saem de casa para irem a casas lotéricas, idas a sítios e ranchos a rodas de tereré entre amigos e até recebimento parentes de outras cidades.

 

No último dia (12), um áudio de WhatsApp começou a circular no Estado, com o relato de uma enfermeira da rede pública do município, no qual é descrito um desrespeito sistêmico às recomendações da Secretaria Municipal de Saúde do município e que envolve até mesmo a migração de pessoas entre os municípios.

 

A autoria não foi confirmada pela reportagem, mas, ao Jornal, o prefeito havia afirmado que seguirá com a prisão de quem violar o decreto municipal.

 

“A cidade tem esse hábito de sair de casa e tomar tereré na casa de um familiar, de um amigo. Isso continua acontecendo, eles não acreditam que está tendo algo grave. Estamos muito preocupados com isso. Se as pessoas, pelo menos, não compartilhassem as bombas”, conta.

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