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Secretaria de Saúde (MS) dá aval para retorno 100% presencial de alunos na rede estadual de ensino

Secretaria de Estado de Saúde (SES) deu aval para que as aulas na Rede Estadual de Ensino (REE) retornem com 100% dos estudantes em sala. Segundo o titular da Pasta, Geraldo Resende, como o quadro da doença está controlado em Mato Grosso do Sul e a maioria dos professores também já vacinou, é possível que haja esse retorno em outubro.

“Pelo quadro que mudou radicalmente a doença aqui no Estado, pelo quadro bom que estamos vivenciando, pelo declínio acentuado da doença, acredito que a gente precisa voltar 100% das aulas presenciais, porque uma das maiores perdas que nós tivemos não foi nem a perda econômica, foi o baque educacional”, avaliou Resende.

O secretário frisou os problemas que as crianças da rede pública tiveram, principalmente as mais humildes, durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, quando as aulas estavam 100% remotas. 

“Nós vamos ter de ter vários anos para recuperar. A diferença foi brutal, meus filhos mesmo, que têm acesso à internet, tiveram uma performance milhares de vezes melhor do que as [crianças] que moram nos distritos, que não têm nem acesso à internet, então isso foi uma brutal diferença e que faz um apartheid [regime de segregação] nessa área”, disse.

O retorno presencial em outubro já havia sido antecipado pelo Correio do Estado no dia 17 de setembro, quando a secretária de Estado de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta, afirmou que isso deveria ocorrer em conformidade com as mudanças no Programa de Saúde e Segurança na Economia (Prosseguir).

Segundo Resende, essas mudanças devem vir acompanhadas de um maior espaçamento entre os mapas divulgados. “Acredito que inclusive o Prosseguir deve ter um espaçamento maior para a gente apresentá-lo, em vez de ser a cada semana, a gente fazer a cada mês”, declarou.

O boletim tem sido apresentado a cada 15 dias pelo secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, que é presidente do comitê do Prosseguir.

As aulas presenciais no Estado foram suspensas no dia 23 de março de 2020, quando os primeiros casos da doença foram registrados no Estado. 

No dia 2 de agosto deste ano, após 1 ano e 4 meses, as atividades voltaram a ser realizadas de forma presencial, mas com revezamento entre os estudantes, sendo metade da classe uma semana presencial e a outra metade remoto, o que é invertido nos sete dias seguintes.

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