Dezenas de manifestantes, sobretudo estudantes, saíram neste sábado (11) às ruas de Teerã para protestar contra o abatimento de um avião da Ukraine International Airlines (UIA) pelo Irã, que deixou 176 mortos.
O ato ocorreu pouco depois de as autoridades iranianas terem admitido que o Boeing 737-800 foi derrubado por um míssil disparado por engano pelo sistema de defesa antiaérea do país, que estava em alerta para possíveis ataques americanos.
Os manifestantes pediram inclusive a renúncia do comandante supremo das Forças Armadas, ou seja, o aiatolá Ali Khamenei, principal liderança do Irã, e um referendo para alterar a Constituição. “O nosso inimigo está aqui”, diz um dos slogans mais usados no protesto.
A polícia usou cassetetes e munições não-letais para conter os manifestantes, mas há relatos de ameaças de morte contra os jovens. O Irã já havia registrado grandes protestos no fim do ano passado por causa do corte nos subsídios ao preço da gasolina. Segundo a ONG Anistia Internacional, mais de 300 pessoas foram mortas nas manifestações de 2019.
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