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Mato Grosso do Sul registra a 2ª maior safra de soja da história

Estado também deve bater recorde nas exportações da oleaginosa neste ano, afirma secretário

29/05/2025 às 08h38
Por: Redação
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Mato Grosso do Sul registra a 2ª maior safra de soja da história

Mesmo após registrar intercorrências durante o desenvolvimento da safra de soja 2024/2025, Mato
Grosso do Sul estima colher a segunda maior safra da história. Conforme dados do Sistema de
Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS), a produção deve atingir 14,6 milhões de toneladas
da oleaginosa, sendo menor apenas que o ciclo 2022/2023, quando o Estado colheu 15 milhões de
toneladas de soja. 

O titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação
(Semadesc), Jaime Verruck, explica que ainda haverá uma última revisão dos dados, que poderá
trazer um número ainda maior. 

“A nossa estimativa de 14,6 milhões de toneladas [de soja], obviamente, em função da quebra de
safra do ano passado, está muito superior [à do ciclo anterior]. O Brasil vai responder por 40% da
produção mundial de soja este ano, e Mato Grosso Sul contribui com uma recuperação excepcional.

Vai ter ainda uma revisão, mas, pelas estimativas iniciais, tínhamos lugares com altíssima
produtividade média de 70 [sacas por hectare], 80 sacas por hectare, dando essa média de 54,4
[sacas por hectare] em função de algumas regiões no sul do Estado”, diz.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, na região sul de MS, algumas áreas registraram
perdas superiores a 70% da superfície semeada, impactando diretamente a renda dos agricultores.

O Boletim Casa Rural, elaborado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul
(Famasul) e pela Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja-MS) com base no Siga MS,
aponta que 2,330 milhões de hectares foram afetados pelo estresse hídrico, representando 52% da
área total. 

As lavouras mais atingidas foram aquelas implantadas entre setembro e meados de outubro de
2024. Entre dezembro de 2024 e janeiro deste ano houve uma redução drástica nas precipitações,
especialmente em janeiro, um mês crucial para a cultura da soja no Estado, pois ele geralmente
concentra o período de enchimento de grãos.

“Essas questões no sul do Estado, Ponta Porã, Laguna Carapã... Houve uma redução de
produtividade, mas, mesmo assim, vamos ter realmente um recorde. Terminou a colheita da soja,
está 100% já, com armazém cheio e um ritmo de comercialização elevado. Então, realmente é
importante para a arrecadação do Estado e para a atividade industrial”, ressalta Verruck. 

Ainda de acordo com o boletim técnico, a colheita da safra 2024/2025 se encerrou duas semanas
mais tarde em comparação à safra 2023/2024, considerando a mesma data, 16 de maio.

“Os dados oficiais de área, produtividade e produção ainda serão consolidados, seguindo a
metodologia do Siga MS, que busca amostrar pelo menos 30% da área total. O resultado definitivo
da safra 2024/2025 será divulgado na próxima semana, fechando um ciclo marcado por
adversidades climáticas e extensão do período de colheita”, detalhou o Boletim Casa Rural.

RECORDE
Mato Grosso do Sul encerrou o primeiro quadrimestre deste ano com superavit comercial de US$
2,46 bilhões, resultado 6,3% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior. O
desempenho foi impulsionado principalmente pelas exportações de celulose, carne bovina e carnes
de aves, além da expansão nas vendas externas da indústria de transformação, que cresceram
29,65% em termos de valor. 

Entre janeiro e abril, as exportações totalizaram US$ 3,37 bilhões, crescimento de 2,7%, em relação
a 2024. Já as importações somaram US$ 879,8 milhões, uma retração de 6,3%, o que reforça a
balança comercial favorável ao Estado no período. 

A soja, embora seja o segundo item da pauta, com 28,66% de participação, teve queda de 25,7% em
valor exportado. No entanto, segundo o secretário Jaime Verruck, o volume exportado deve ser
recorde neste ano.

“A gente deve bater o recorde de exportação, eu acredito nisso. Existe uma pressão nesse momento
grande de compra do mercado chinês, em função da questão das tarifas ajustadas pelo Trump, que
antes o Brasil ganhou o espaço no mercado chinês de soja. Devemos bater um recorde também de
exportação de grãos, o Brasil e, provavelmente, Mato Grosso Sul, em função do ritmo de
comercialização. Vão se aproveitar exatamente desse espaço, enquanto não clarear a questão
tarifária dos Estados Unidos”, finaliza o secretário.

MILHO
De acordo com a Aprosoja-MS, a estimativa aponta que a 2ª safra será 0,1% superior à do ciclo
anterior (2023/2024), com uma área cultivada de 2,103 milhões de hectares. A produtividade média
esperada é de 80,8 sacas por hectare, alinhada ao potencial produtivo observado nas últimas cinco
safras do Estado. 

Com base nesses números, a expectativa é de uma produção total de 10,199 milhões de toneladas
de milho, o que representa um crescimento significativo de 20,6%, em relação ao ciclo anterior.

As lavouras de milho apresentam, de forma geral, condições predominantemente favoráveis nas
regiões nordeste, norte, oeste e sudoeste do Estado. Segundo o coordenador técnico da Aprosoja-
MS, Gabriel Balta, “a continuidade do bom desempenho depende da ocorrência de chuvas nos
próximos 15 a 30 dias, essenciais para o encerramento adequado do ciclo produtivo”.

Por outro lado, as regiões centro, sudeste, sul-fronteira e sul apresentaram desempenho inferior ao
das demais. “Essas regiões, que somam 56% da área cultivada no Estado, têm gerado maior
preocupação, especialmente em função do baixo volume de chuvas nos últimos 15 dias, com
acumulados entre apenas 6 mm e 40 mm – valores significativamente inferiores aos registrados nas
demais regiões”.

Um alerta meteorológico emitido pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato
Grosso do Sul (Cemtec-MS) indica a chegada de uma massa de ar polar entre os dias 27 de maio e 5
de junho. Essa frente fria poderá provocar quedas acentuadas das temperaturas em Mato Grosso do
Sul, com mínimas entre 5°C e 9°C nos próximos dias. 

A expectativa é de que esses eventos não causem impactos severos à cultura do milho, mesmo
assim, a previsão do tempo deve acender o alerta para os agricultores de Mato Grosso do Sul. 

“É fundamental que os produtores estejam atentos às previsões meteorológicas e adotem
estratégias de mitigação de riscos, como o monitoramento constante das lavouras e, quando
possível, o escalonamento do plantio em safras futuras, para evitar a coincidência de fases sensíveis
com períodos de maior risco climático. A continuidade do monitoramento será essencial para avaliar
os impactos reais da geada e ajustar as estimativas”, finaliza.

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