O Governo de Mato Grosso do Sul avança na saúde digital com a nova tecnologia do telediagnóstico em teleoftalmologia-retinografia. A iniciativa desenvolvida pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), por meio da Superintendência de Saúde Digital e Coordenadoria de Telessaúde, visa melhorar o diagnóstico e acompanhamento de doenças oculares, com abordagem na prevenção e identificação de patologias que causam a cegueira, como glaucoma, retinopatia diabética, catarata e DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade).
Em parceria com o Núcleo Telessaúde Goiás (NUTT-UFG), o Núcleo Telessaúde realiza a Campanha de Detecção das Principais Causas de Cegueira, levando uma equipe itinerante até os municípios. Para isso, a SES adquiriu dois aparelhos de última geração, o Eyer2 by Phelcom, que proporciona exames mais rápidos e eficientes. Com isso, a saúde digital se fortalece como ferramenta essencial para reduzir distâncias e levar assistência especializada a quem mais precisa.
A teleoftalmologia-retinografia permite a realização de exames de retina a distância, por meio de um retinógrafo portátil acoplado a um smartphone. As imagens do fundo de olho são enviadas por meio de plataforma de teleoftalmologia-retinografia em Goiânia, sendo os exames avaliados e laudados por oftalmologistas vinculados a Oferta Nacional de Teleoftalmologia-Retinografia /UFG.
A técnica do núcleo de Telessaúde da SES, enfermeira Kely Centurião, esclareceu que nos exames são avaliados a retina, o fundo de olho, o nervo óptico e a parte externa do olho. “Trouxemos à população o serviço de telediagnóstico de retina, onde realizamos exames detalhados da visão dos pacientes. Desta forma, os médicos especialistas da Oferta Nacional laudam esses exames e indicam condutas médicas necessárias para cada caso, devolvendo esse cuidado à APS (Atenção Primária à Saúde). Estamos totalmente empenhados em proporcionar o melhor atendimento à população do nosso Estado”, destaca.
De acordo com a superintendente de Saúde Digital da SES, Márcia Tomasi, a adesão do Núcleo de Telessaúde de Mato Grosso do Sul (SSD/SES) foi aprovada pelo Departamento de Saúde Digital - SEIDIGI/Ministério da Saúde e pela Oferta Nacional de Teleoftalmologia-Retinografia/UFG. A implementação seguiu uma metodologia baseada em campanhas, com o envio de equipes técnicas aos municípios com maior demanda, conforme levantamento realizado pela SES, pela área técnica da Assistência à Saúde (SAS/SES), com apoio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o qual identificou as regiões com maior concentração de pacientes diabéticos e portadores de doenças crônicas — grupo mais propenso ao desenvolvimento de complicações oculares.
“Nesse sentido foi realizado um levantamento detalhado para identificar os municípios com as maiores proporções de pacientes diabéticos e hipertensos em relação à população total. A partir desses dados, direcionamos as campanhas de prevenção da cegueira para as localidades com maior necessidade, garantindo que um número maior de pessoas tenha acesso a esse serviço essencial, ” explicou Márcia Tomasi.
De fevereiro a maio deste ano a Campanha percorreu os municípios de Terenos, Bandeirantes, Nova Alvorada do Sul, Caracol e Guia Lopes da Laguna totalizando 243 exames realizados. A gerente de telediagnóstico da SES, Paola Carvalho, enfatiza que seleção dos primeiros municípios foi feita com base em dados como a prevalência de hipertensos e diabéticos. Contudo, o serviço está aberto para outros municípios interessados, que devem preencher o formulário disponível no site do Telessaúde MS e agendar a visita com a equipe que realiza os procedimentos.
“Mais do que usar tecnologia por si só, o que o Governo do Estado e a SES estão fazendo é usar a inovação para garantir mais acesso, equidade e prevenção em saúde. Esse tipo de ação mostra como o Mato Grosso do Sul está avançando na construção de uma saúde digital de verdade, conectada com as necessidades reais da população”, avalia a gerente de Telediagnóstico do Telessaúde MS.
Com ênfase na prevenção e no acompanhamento contínuo dos pacientes, o serviço visa democratizar o acesso à saúde ocular em locais com infraestrutura limitada, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e a redução de filas de espera.
Helton Davis, Comunicação SES
Fotos: Helton Davis
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