Integrantes do PP e do União Brasil devem se reunir hoje para anunciar a criação de uma superfederação reunindo os dois partidos com vistas às eleições gerais do ano que vem. Ontem, políticos do União bateram o martelo sobre a aliança, que já tinha a aprovação do PP. Filiados no Estado devem participar do ano eu anuncia o novo bloco, que vem sendo chamado de União Progressista.
A junção dos partidos resultará em um grupo com 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores e mais de 1,3 mil vereadores. Os políticos vão ter que lidar com divergências regionais para fortalecer a superfederação, que deve começar sem um comandante único. Tem sido noticiado que este ano, as lideranças das legendas Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP) seriam co-presidentes. A imprensa nacional também apontou a possibilidade de que o comando vá para o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, uma das principais lideranças do PP no País.
No Estado, a união colocará juntas a prefeita Adriane Lopes (PP) e a ex-deputada federal Rose Modesto. Ambas foram opositoras na campanha eleitoral do ano passado, disputando o segundo turno em uma disputa acirrada. Ontem, durante solenidade para homenagear jornalistas na Câmara, o responsável pela solenidade, Riverton Francisco de Souza, professor Riverton, se ausentou exatamente para participar das articulações da superfederação, segundo declarou o presidente da Casa, Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB).
Rose já havia falado sobre a criação da federação, apontando que manterá sua posição crítica. A principal liderança no Estado deve ser a senadora Tereza Cristina, do PP, por ter o principal mandato entre os integrantes do grupo.
O grupo no Estado contará com uma senadora, um deputado federal (Luiz Ovando, do PP) e três deputados estaduais: Gerson Claro e Londres Machado (PP) e Roberto Hashioka (União). Na Câmara Municipal de Campo Grande, a federação terá a maior bancada, com sete vereadores — quatro do PP e três do União Brasil.
O modelo de federação, escolhido pelas legendas, exige uma aliança de quatro anos. Se houver rompimento, os partidos ficam impedidos de buscar outros aliados no período. Segundo divulgou a Folha, o grupo pretende ser o mais forte do Congresso e terá a maior parcela dos fundos partidário e eleitoral e o maior tempo de propaganda eleitoral na TV e rádio. Sendo selada a aliança, os partidos deverão confirmar em suas executivas estaduais.
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