O prazo final para decisão do futuro político do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel
(PSDB), é final de abril. Se até a próxima semana o PSDB não definir o caminho que irá seguir - uma
fusão ou federação e com quais partidos - Riedel fará a escolha independente da legenda.
“O que eu coloquei claramente quando a gente esteve junto é que a gente teria que encaminhar
essa solução até final de abril. Se não chegar nenhuma solução, eu vou tomar a minha decisão
porque eu tenho esse compromisso com o partido e o partido tem comigo de falar até o final de
abril, vamos tomar a decisão”, disse.
Para o governador, caso a definição se arraste por mais um mês, será prejudicial a base sul-mato-
grossense, que hoje compõe o último reduto tucano do País.
“É muito complicado, principalmente para o Mato Grosso do Sul, que tem uma força política no
PSDB expressiva, dar qualquer continuidade a um projeto, seja de qual for. Se o Reinaldo [Azambuja]
resolve partido A, eu vou partido B, ou se vamos estar juntos em partidos, como é que os 256
vereadores vão se posicionar, como é que os prefeitos vão se posicionar? Eles têm janela, tem base
a ser construída, tem discussão nos municípios”, ponderou.
Segundo ele, as discussões internas do Diretório Nacional apontam para a fusão com o Podemos, e
na sequência, o novo partido faria uma federação com o Republicanos, com quem a conversa já está
adiantada. Riedel ainda aponta o interesse de outros partidos em uma federação, como o MDB.
Questionado sobre seu posicionamento diante do cenário, Riedel não revelou o que irá fazer. “Eu
não sei. Porque eu quero ver primeiro concretizar alguma coisa. Eu não trabalho com o se. Caso se
concretize é uma situação e caso não se concretize é outra situação, por isso eu vou aguardar e
participar dessas discussões como eu tenho participado”, relatou.
O tucano revelou que nem nas férias, enquanto visitava o filho na Alemanha, deixou de articular o
futuro da legenda. “Na viagem agora, eu falei duas vezes com o [presidente nacional do PSDB]
Marconi Perillo. Eu falei com a Reinaldo, falei com o Aécio [Neves]. Cada um com a posição”,
afirmou.
Nesta quarta-feira (23), o sul-mato-grossense continuará as discussões com o colega e governador
do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). A saída do gaúcho do ninho tucano é dada como certa e
deve acontecer na primeira semana de maio.
Dos três governadores eleitos pelo PSDB em 2022, apenas o sul-mato-grossense ainda não sinalizou
o futuro político. A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, foi a primeira a se movimentar e se
filiou ao PSD em março. Mesmo com a sinalização da mudança de Leite, o governador do Rio Grande
do Sul segue o mesmo roteiro de Riedel, e diz que só tomará decisões após abril, quando o PSDB
deve anunciar o caminho que irá seguir para não desaparecer.
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