O aumento das tarifas cobradas pelos Estados Unidos sobre produtos importados da China pode
abrir novas oportunidades para o Brasil no comércio internacional. Com a necessidade de buscar
novos fornecedores, a China tem voltado os olhos para o mercado brasileiro — especialmente para a
soja.
De acordo com a Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) O
cenário favorece o Estado, que pode ampliar sua participação nas exportações do grão.
Os produtores sul-mato-grossenses colheram mais de 12 milhões de toneladas de soja na safra
2023/2024 e esperam colher mais de 13 milhões na próxima safra. A produção tem qualidade,
regularidade e boa logística de escoamento, o que coloca o MS em posição estratégica para atender
a demanda crescente dos chineses.
Cenário – Nesta semana, a agência Bloomberg informou que a China comprou uma “quantidade
incomumente grande” de soja brasileira — cerca de 2,4 milhões de toneladas. O volume chamou
atenção pelo tamanho e rapidez da operação.
A expectativa é que um cenário mais claro só possa ser traçado em maio, quando os números da
balança comercial de abril forem divulgados.
Atualmente, o Brasil já é o maior exportador de soja para a China, seguido pelos Estados Unidos —
que destinam cerca de metade da sua produção àquele país. Mesmo assim, especialistas acreditam
que ainda é cedo para prever uma substituição total da soja americana pela brasileira. Isso porque
há uma divisão natural no fornecimento global: o Brasil domina o mercado no primeiro semestre e
os EUA no segundo.
Dados do governo federal mostram que, até 21 de março, o Brasil exportou 10,25 milhões de
toneladas de soja — um aumento de quase 60% em relação a fevereiro. A média diária de
embarques também cresceu mais de 25% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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