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Fecha tudo: com pandemia fora de controle, Campo Grande antecipa feriados e para comércio

Após reunião com secretariado na tarde desta quinta-feira (18), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) descartou implantar lockdown em Campo Grande. Em contrapartida, para frear o avanço da pandemia na cidade, o prefeito determinou antecipação de feriados na semana que vem.

De acordo com o prefeito, dos dias 22 a 26 de março, a partir da próxima segunda-feira até sexta-feira, serão antecipados feriados dos dias 2 e 21 de abril, 3 de junho, 26 de agosto e 7 de setembro. Nestes dias, só poderão funcionar serviços essenciais durante 24 horas. Segundo o prefeito, o comércio que não se enquadra em serviço essencial não poderá abrir.

Ainda segundo Marquinhos, não foi decretado lockdown na cidade porque a avaliação é que diminuindo o horário de circulação das pessoas na cidade com a antecipação dos feriados, haverá diminuição do contágio.

“Não há necessidade de lockdown. Há a necessidade de um prazo para evitarmos esse colapso. Acontece que as pessoas que ocupam os leitos de UTI, muitos deles não vem da Covid, a gente evitando a circulação de pessoas e diminuindo os horários da noite, podemos cuidar de quem está com Covid”, disse o prefeito.

A medida adotada pela prefeitura de fechar tudo que é considerado não essencial durante uma semana é uma alternativa ao lockdown, termo em inglês que prevê mais rigor até no funcionamento de serviços considerados essenciais.

São considerados serviços essenciais comércios como supermercados, farmácias e postos de combustíveis. Detalhamento sobre funcionamento de restaurantes e conveniências, deve constar no novo decreto que a prefeitura de Campo Grande deve publicar até esta sexta-feira (19).“Frear a contaminação e dar um tempo para as pessoas internadas se recuperarem e com isso desacelerar a movimentação das pessoas nas ruas”, disse o secretário de segurança de Campo Grande, Valério Azambuja.

Recomendação para fechar tudo

Nesta quinta-feira, Campo Grande foi classificada com a bandeira cinza e tem risco extremo para transmissão do coronavírus em Mato Grosso do Sul. Campo Grande foi o único município classificado com a bandeira cinza no Estado. De acordo com os dados desta quinta, em 24 horas foram 31 mortes  e 1,2 mil novos casos em Mato Grosso do Sul.

Com a classificação de risco extremo para Covid-19, a orientação do Prosseguir é de que somente atividades essenciais funcionem em Campo Grande. Serviços essenciais são aqueles que não podem parar, como coleta de lixo, atividades de saúde, serviços de entrega de alimentos, produtos de higiene e medicamentos, por exemplo.

Vale lembrar que Mato Grosso do Sul atingiu o pico de internações nesta quinta-feira (18), com 956 pacientes internados em leitos clínicos e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Somente na macrorregião de Campo Grande, a taxa de ocupação de leitos é de 107%.

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