Mesmo com a abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa, a Energisa parece estar tranquila em relação as investigações e afirma que o parecer técnico utilizado como fato determinante para abertura do processo não atende aos procedimentos regulamentados pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Segundo a Energisa, tanto o profissional, equipamentos e empresa contratadas para fazer a aferição no medidor não são credenciados no instituto e na visão da empresa, isso torna o laudo sem valor técnico e legal.
A medição foi realizada em uma propriedade rural de Miranda a pedido do produtor. Posteriormente, o deputado Felipe Orro (PSDB) utilizou do documento resultante da aferição para conseguir a abertura da Comissão.
Até o momento, o técnico e o produtor rural foram ouvidos pelos membros da CPI. Os deputados creem na validade do laudo e inclusive receberam nesta semana, mais uma denúncia documental com laudo técnico apontando irregularidades em medidor.
As próximas reuniões acontecem na semana que vem e são previstas a presença dos novos denunciantes e depois de representantes da Energisa. A CPI irá tratar da maneira que 200 relógios de consumidores serão periciados por empresa contratada.
Posicionamento da Energisa
A Energisa esclarece que até o momento, foi apresentado um único parecer técnico e que não houve comprovação sobre irregularidades na medição de consumo realizada pela concessionária. A distribuidora reafirma que o parecer apresentado não atende os procedimentos regulamentados pelo Inmetro, bem como o profissional, a empresa e os equipamentos utilizados não são credenciados no instituto, o que torna o laudo sem valor técnico e legal.
A Energisa cumpre rigorosamente a legislação determinada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e reforça que está à disposição para prestar todas as informações necessárias à sociedade e aos representantes do poder público.