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De janeiro ao início de julho, incêndios destruíram 6% do Pantanal de Mato Grosso do Sul

O Governo do Estado atualizou informações sobre a Operação Pantanal, que visa combater e prevenir os incêndios na área do bioma localizada em Mato Grosso do Sul. 

Segundo o boletim divulgado nesta sexta-feira (12), ao norte do município de Corumbá, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha, o foco de incêndio ativo, localizado nesta quinta-feira (11), mantém-se como um ponto de atenção na região do Paraguai Mirim.

As chamas foram detectadas após sobrevoo da aeronave do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e confirmado via monitoramento por satélites. Uma força-tarefa foi mobilizada e enviada imediatamente à região, com militares enviados por aeronave e por embarcação. 

Atualmente, as ações se concentram em realizar não apenas as ações de combate ao incêndio, mas também implementar medidas de controle e monitoramento para evitar a propagação garantindo contenção total do foco. 

No Paraguai Mirim, próximo ao Rio Paraguai, as equipes fazem monitoramento. O principal objetivo é evitar a reignição dos focos de incêndio e assegurar que permaneçam confinados dentro da área isolada ao longo das margens do rio. 

O Pantanal de Mato Grosso do Sul tem 9 milhões de hectares, correspondendo a 65% do total da região pantaneira que ainda se estende ao Mato Grosso, Paraguai e Bolívia. O bioma passa pela pior estiagem dos últimos 70 anos. 

Equipes em ação

Atualmente, 95 militares do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul) atuam no Pantanal. Desses, 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI (Sistema de Comando de Incidentes), distribuídos em Campo Grande e Corumbá. 

Também está empenhado na operação um efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.

Para o trabalho, são utilizadas atualmente 12 aeronaves dos governos estadual e federal, sendo 4 “Air Tractor”, 7 helicópteros e 1 cargueiro KC390 Millenium. 

A frota ainda conta com 5 caminhões de combate a incêndio, 7 embarcações, 9 caminhonetes do CBMMS e 24 caminhonetes da Força Nacional, todas equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual. 

Previsão do tempo 

De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS), até este sábado (13), o tempo segue firme com sol e variação de nebulosidade, com temperaturas entre 11ºC e 23°C no estado.

Na semana que vem os termômetros sobem gradativamente atingindo máxima de 34ºC, e a umidade relativa do ar fica entre 10% e 30%, ou seja, as condições voltam ser favoráveis aos incêndios. Por isso a situação é de alerta constante. 

Área queimada

Desde o começo do ano até 9 de julho, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado. 

O aumento chega a 159% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 229,4 mil hectares – considerada até então a pior temporada de incêndios. 

Os números são do LASA (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). 

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.098 de 1º de janeiro até 9 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais). Aumento de 46,8% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram 2.111 registros.

FONTE: Midiamax

IMAGEM: Álvaro Rezende

Liana Feitosa|

12/07/2024

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