Indústrias já instaladas em Mato Grosso do Sul, e outras que demonstram interesse em investir no Estado, reconhecem as potencialidades e oportunidades evidenciadas durante o MS Day.
O Governo do Estado, juntamente com a FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Su), realiza hoje (1°), na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria) – em São Paulo (SP), o evento de apresentação do Estado para empresários e investidores nacionais e estrangeiros.
O governador Eduardo Riedel participa, ao longo do dia, de reuniões com líderes e executivos, além de mostrar as potencialidades econômicas, indicadores, programas, projetos de infraestrutura, modais e demais informações à atração e tomada de decisão do capital privado na hora de investir em Mato Grosso do Sul.
Interesse em MS
O conselheiro e acionista da Caramuru – uma das principais empresas brasileiras de processamento de soja, milho, girassol e canola –, Alberto Borges de Souza, apontou a relevância do MSDAY. “Dá visibilidade para aquilo que o Mato Grosso do Sul já faz há muitos nãos, e com muita competência. Mas agora cria-se oportunidade de dar visibilidade a nível nacional, para continuar atraindo investimentos e interesse pelo Estado”.
Atualmente a Caramuru emprega 2,5 mil pessoas em sua sede, localizada em Goiás. “Somos processadores de soja, milho e girassol. Atuamos também na armazenagem de grãos, hidrovia, ferrovia, e nos três portos brasileiros, com o biodiesel e produtos de consumo da marca Sinhá. É um grupo forte de industrialização no agronegócio brasileiro”, afirmou Souza.
No evento em São Paulo, o representante da empresa confirmou que há possibilidade de investimentos futuros da Caramuru no Estado. “Na verdade, a gente já tinha bastante conhecimento e relacionamento com o Mato Grosso do Sul. O que nós sentimos hoje é que reforça a credibilidade e os laços de interesse. A gente tem uma longa história de diálogo com o Mato Grosso do Sul, que é de interesse para a Caramuru para fazer novos investimentos. Temos muito interesse, em especial na região de Chapadão do Sul, porque está conectada com a ferrovia e com o Porto de Santos”, disse o empresário.
Além de apresentar os principais programas e projetos do Governo do Estado para a classe empresarial do País, o MS Day tem como proposta mostrar o bom ambiente de negócios criado em Mato Grosso do Sul que atrai grandes investimentos privados.
Investimento consolidado
É o caso do Projeto Cerrado, de construção da unidade da Suzano em Ribas do Rio Pardo, maior investimento privado em execução no mundo. O presidente da Suzano, Walter Schalka, participa do MS Day e assegura o cenário favorável e de crescimento no Estado.
“No Mato Grosso do Sul tem a possibilidade de fazer investimentos com velocidade, com qualidade. Tem uma infraestrutura adequada. Tem uma forma de relação com as empresas que é muito positiva e muito contributiva, sempre com qualidade. E a disponibilidade de terras, áreas e competitividade florestal e industrial, que nos levaram a fazer investimentos relevantes”.
O espaço de competitividade beneficia o planejamento da indústria, que será a maior do mundo no seguimento da celulose. “Mato Grosso do Sul vai ter a fábrica, não apenas a maior linha de produção de celulose do mundo, mas a mais competitiva globalmente. O nosso custo de produção de celulose em outras regiões é superior ao que teremos lá. Nós imaginamos, estar operando com custo estrutural ao longo do tempo de US$ 100 (cem dólares) a tonelada, que é o menor custo mundial”, firmou Schalka.
A realização do MS Day, com a apresentação de informações importantes para a tomada de decisões por parte dos investidores, também foi elogiada pelo empresário. “Olha eu tenho que parabenizar o Governo de Mato Grosso do Sul e todos que estiveram envolvidos, inclusive a Federação da Indústria, porque é fundamental fazer isso para atrair novos investimentos para o Estado. O Estado continua num ritmo acelerado de desenvolvimento, uma taxa baixíssima de desemprego, porque vai gerando oportunidade de trabalho. Então, acho que o Estado está crescendo proporcionalmente muito mais do que outros estados do Brasil, por atrair investimentos e faz isso de uma forma muito adequada e com muita competitividade”, finalizou.
Outra indústria com investimentos no ramo da celulose é a Arauco, que tem previsão de começar a erguer sua planta no município de Inocência, localizado na região conhecida como o ‘Vale da Celulose’, a partir de 2025, finalizando a construção até o primeiro trimestre de 2028. No auge das obras, 12 mil empregos devem ser gerados ali, enquanto cerca de 2 mil postos de trabalho devem permanecer ativos nas operações industrial e florestal.
“Mato Grosso do Sul é um estado que reúne uma série de condições atrativas ao investimento. É um Estado bem resolvido economicamente, com planejamento de longo prazo e está olhando o setor florestal de forma estratégica. Essas são algumas das razões da escolha por Mato Grosso do Sul. Em relação a localização, tem o clima extremamente favorável ao cultivo do eucalipto e a localização favorável ao escoamento logístico. Ali ficamos próximos da ferrovia de bitola larga, o que nos dá toda uma vantagem competitiva e de sustentabilidade ao projeto”, apontou o diretor da Arauco, Mário José de Souza Neto.
Em Mato Grosso do Sul, a Arauco já possui a Mahal, empresa florestal que tem mais de 60 mil hectares de florestas cultivadas em seis cidades na costa leste sul-mato-grossense: Inocência, Água Clara, Três Lagoas, Aparecida do Taboado, Selvíria e Chapadão do Sul.
A perspectiva é que no auge da operação, sejam explorados 285 mil hectares de eucaliptos. A nova fábrica propõe também ter alta eficiência energética, criando um excedente de energia elétrica de 200 mW oriundo do reaproveitamento de biomassa (cascas, lignina, entre outros insumos) não utilizada no processo da fabricação da celulose.
“O valor da primeira linha está estimado em US$ 3 bilhões e devemos criar cerca de 550 empregos diretos na planta e 1,2 mil no setor florestal. Mais ou menos 2 mil empregos diretos, fora os empregos criados em toda cadeia de produção. Você multiplica isso aí por quatro, cinco vezes, somando todos fornecedores diretos e indiretos da planta de celulose”, explicou Neto.
Natalia Yahn e Paulo Fernandes, Comunicação Governo de MS
Fotos: Saul Schramm
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