Após quatro dias de competições de MTB (Mountain Bike), E-MTB e gravel, em Bonito, a 297 quilômetros da Capital, a organização do Brasil Ride anunciou, no ontem(10), que o evento volta a cidade em 2023. As provas reuniram mais de 800 atletas de várias regiões do Brasil e mais de 4 mil visitantes, entre quinta-feira (7) e sábado (10). É o maior evento de mountain bike do País.
O fundador do evento, o luso-brasileiro Mário Roma, de 59 anos, ficou entusiasmado com a receptividade da cidade e sua organização voltada para o ecoturismo. “Começamos a pensar na prova há cinco meses, mas superou todas as nossas expectativas. Tanto é que voltaremos em 2023. Os atletas estão encantados com a natureza, os rios, a fauna, e a população se envolveu, os hotéis e restaurantes ficaram lotados todos esses dias”, contou Roma.
A E-MTB é com bicicletas elétricas e a Gravel é uma mistura de speed com MTB, em que as bicicletas são destinadas a rodar tanto em asfalto quanto em terrenos off-road, mais difíceis.
Recordista nacional, Leandro Donizete, fez o melhor tempo do mountain bike no 1º dia de prova. O paulista, de Taubaté, se surpreendeu com o grau de dificuldades das provas e com a beleza do lugar.
“Foi uma prova dura, muito calor e clima seco, mas compensou o esforço de pedalar numa região privilegiada pela natureza”, disse Leandro.
O evento começou na manhã de quinta-feira (8) com a realização do prólogo. Ao todo, os ciclistas pedalaram 27 km em 380 m de altimetria acumulada.
A estreante nas competições por etapas, a gravel foi um show à parte, reunindo adeptos de diversos estados do país, sendo a primeira a largar no dia. “Foi fantástico! Eu achei que seria mais fácil, mas isso é Brasil Ride”, afirmou Rafael Oliveira, o mais rápido da modalidade.
No segundo dia, os ciclistas pedalaram 72 km em 1.110 m de altimetria acumulada, com chegada na paradisíaca Praia da Figueira, um dos atrativos de Bonito. Calor, ventos e clima seco temperaram a disputa nos trechos mais abertos e de estradas de terra. No trecho mais técnico pela mata fechada e single tracks dentro de uma fazenda deu vantagens aos mountain bikers, que ultrapassaram os obstáculos naturais com mais facilidade.
O calor forte que havia sido destaque no dia anterior desapareceu no sábado (10). E com o tempo nublado e temperatura amena, a velocidade falou mais alto no trajeto de quase 70 km na última etapa. A organização também preparou a Maratonas das Araras, onde os participantes puderam encarar um dia de desafio. Enquanto as crianças deram uma volta ao redor da Praça da Liberdade, os adultos encararam 14 km numa trilha próxima a cidade.
Em 2019, o Brasil Ride levou o Campeonato Mundial de Mountain Bike com atletas de 12 países, pedalando por 24 horas, sem intervalo, para Costa Rica, a 326 quilômetros de Campo Grande.
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