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Com maior exposição ao vírus, número de óbitos entre os mais jovens sobe em MS

A população mais jovem e a economicamente ativa de Mato Grosso do Sul está mais exposta ao coronavírus e, como consequência disso, o número de óbitos entre as pessoas com até os 49 anos tem elevado durante a pandemia.

Um comparativo entre as duas semanas mais críticas da pandemia, a 35, do final de agosto, e a 50, do final do ano, revela que apesar da grande parte de mortes atingir o grupo de risco, ou seja, pessoas acima dos 60 anos, o percentual das vítimas mais jovens (considerando até os 49 anos) que vieram a óbito saltou de 8% para 11%, uma diferença de três pontos percentuais. 

Segundo os números da SES (Secretaria de Estado de Saúde), do Painel Mais Saúde, a semana 35, uma das mais críticas vividas no Estado, compreendida entre 23 e 29 de agosto, contabilizou 127 óbitos e 6.194 casos confirmados da doença.

Deste total, 101 vítimas tinham acima dos 60 anos, o equivalente a 79,5%. O grupo entre 50 e 59 anos, respondeu por 12,5% das mortes. As demais faixas etárias, de 20 a 49 anos, somaram 10 mortes, ou seja, cerca de 8%.

Já na semana mais letal de toda a pandemia até agora, a de número 50, entre 6 e 12 de dezembro, o Estado registrou 176 óbitos por coronavírus e 8.011 casos confirmados. Além de mais intensa, esse período registrou um incremento no número de jovens que perderam a vida com o vírus.

Do total, 70,5% tinham acima dos 60 anos, porém quase 19% tinha entre 50 e 59 anos e 19 pessoas, ou seja, mais de 11%, eram mais jovens, com um detalhe infeliz: nesse intervalo uma criança de apenas 10 anos compôs a lista.

Ao que tudo indica, 2021 poderá manter esse quadro de mortes “prematuras”. Nos primeiros dias dos anos, entre as diversas mortes de jovens com menos de 50 anos destaca-se o óbito de duas jovens, sem comorbidades, uma de 36 anos, de Caarapó, do dia 04 deste mês, e uma de 35 anos, de Fátima do Sul, que morreu no primeiro dia do ano.

Os números reforçam o alerta diário da secretária-adjunta de Saúde, Christine Maymone, nas transmissões ao vivo, para as medidas de biossegurança. “Se for necessário sair, para trabalhar ou outros motivos importantes, evitem aglomerações, usem máscaras, mantenham o distanciamento e higienizem as mãos”.

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